Como o trauma começa

Como o trauma começa

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Hoje vamos começar a falar de um assunto muito, mas muito sério! Bullying. Você sabe o que é isso? Bem, vou explicar de uma maneira bem simples: Bullying é agressão praticada por uma pessoa ou por um grupo de pessoas contra alguém.

Existem várias maneiras de se praticar Bullying, e juntos com a Tia Ane vamos aprender como não fazer isso com ninguém, pois Bonitinhos & Bonitinhas de Jesus são crianças bondosas e amorosas com todas as pessoas.

Quando Jesus esteve na Terra, ensinou algo muito importante: “Faça aos outros aquilo que vocês querem que eles façam a você”. Se todos nós seguíssemos esse conselho de Jesus, não haveria tanta maldade no mundo!

O 1º tipo de bullying que vamos aprender é: APELIDO.

Paulinho chegou chorando da escola e, jogando a mochila no chão, disse para a mamãe:
– Eu não quero mais ir para a escola!

Correu para o quarto, bateu a porta e se jogou na cama, chorando sem parar. A mamãe pacientemente abriu a porta e tentou entender o que estava acontecendo com Paulinho. Sentou–se do seu lado, passou a mão em sua cabecinha e falou:
– Muito bem, querido, você não quer ir mais para a escola, mas o que você vai fazer em casa o dia todo?
– Vou ficar dormindo – respondeu Paulinho.

A mamãe pensou, pensou e perguntou:
– Você pode me contar o que aconteceu na escola que o deixou assim tão chateado?
– Cansei, mamãe. As crianças vivem me chamando de Baleia! E eu não gosto de ser chamado assim.

Paulinho era uma criança gordinha e, para deixá-lo chateado, as crianças puseram esse apelido nele. Dona Irene, a mãe de Paulinho, ficou triste com a situação. Ela também não gostava de apelidos que deixam as pessoas tristes e consolou seu filho dizendo:
- Não se importe com isso, filho. Apesar de você ser gordinho, é um menino lindo e inteligente, e Jesus o amava do jeitinho que você é.

Depois de uma longa conversa, Paulinho ficou mais animado e, no outro dia, se arrumou e foi para a escola. Dona Irene havia telefonado para a professora de Paulinho e contado a ela tudo o que estava acontecendo. A professora lhe disse para ficar tranquila que iria resolver aquela situação. O sinal tocou, e todos foram formar a fila de entrada. Quando entraram na sala de aula, a professora falou que naquele dia fariam uma atividade diferente. Entregou a cada aluno um envelope colorido. Os alunos abriram os envelopes, e dentro tinha um cartão em branco.
– Professora, não tem nada escrito neste cartão! O que é pra gente fazer com ele? – perguntou Priscila, uma das alunas.
– Vou sortear a cada dia desta semana um coleguinha da sala. O sorteado vai ser o “aluno especial do dia”, e todos deverão fazer coisas especiais para ele, demonstrando que ele é amado. A primeira coisa que vocês deverão fazer para este coleguinha é escrever uma cartinha dizendo o que mais admiram nele. Ninguém pode escrever coisas feias!

Todos ficaram muito animados, e cada um torceu pra ser o sorteado daquele dia. A professora colocou tirinhas de papel com os nomes dos alunos dentro de uma caixinha e a fechou. Por fora daquela caixinha estava escrito com letras douradas: “Cofre do Amor”. Ninguém sabia, mas a professora havia marcado a tirinha com o nome do Paulinho, pois queria que ele fosse o primeiro aluno especial da semana. Então, colocou a mão no “Cofre do Amor” e puxou a tirinha. Todos estavam olhando atentamente, esperando para ouvir qual nome estava na tirinha. A professora desenrolou a tirinha e falou bem animada:
– O primeiro aluno especial da semana é o Paulinho!

Paulinho olhou para todos seus coleguinhas e ficou pensando “eles vão escrever só coisa feia de mim nos cartõezinhos”. Alguns se entreolharam e deram alguns risinhos disfarçados, mas a professora logo interferiu dizendo:
– Parabéns, Paulinho, você é o aluno especial do dia! Agora, alunos, atenção! Escrevam nos cartões algo bem especial para o Paulinho. Pode ser um elogio, uma qualidade que vocês admiram nele, uma palavra de carinho… Quero ver quem vai escrever a coisa mais interessante! Lembrem-se de dizer a ele o que vocês gostariam de ouvir sobre vocês mesmos.

As crianças então pegaram seus lápis coloridos e começaram a escrever em seus cartões. Paulinho estava aflito pensando o que seus coleguinhas escreveriam para ele. Terminado o tempo, a professora pediu que todos colocassem os cartõezinhos dentro dos envelopes e entregassem para Paulinho, dando-lhe um forte abraço.

Então a professora pediu a Paulinho que viesse a frente e lesse as mensagens que seus colegas escreveram para ele. Paulinho foi tirando os cartõezinhos dos envelopes e nem acreditava no que estava lendo! Em voz alta ele lia um por um para todos ouvirem:
– “Paulinho, você é o melhor amigo que eu já tive!”; “Paulinho, você é um ótimo jogador de futebol!”; “Paulinho, gosto quando você divide seu lanche comigo!”; “Paulinho, me desculpe pelas vezes que te coloquei apelido!”…

E assim, depois de ler todas as mensagens, Paulinho ficou tão feliz que nem se lembrava mais do apelido que tinham colocado nele. Aquele dia foi o dia mais feliz de sua vida! E antes de terminar a aula daquele dia, a professora fez os alunos refletirem:
- Viram, crianças? Quando fazemos o bem para nossos amiguinhos ou para qualquer outra pessoa, só trazemos felicidade. Fica feliz quem faz o bem e fica feliz quem recebe o bem!  Ontem Paulinho estava triste com algumas coisas ruins que alguns disseram para ele, mas hoje ele está radiando de felicidade pelas coisas boas que vocês disseram dele.

Durante o resto daquele mês, cada dia uma criança foi sorteada como “O Aluno Especial do Dia”. Quanta coisa boa puderam aprender! Vale a pena ser bondoso. Não coloque apelidos nos seus amiguinhos. É melhor chama-los pelo nome. Ele vai se sentir muito melhor e principalmente respeitado.

APLICAÇÃO:

Em nossa família recebemos apelidos carinhosos. Qual é o seu? Eu gosto do meu, mas nem sempre os apelidos são carinhosos. Às vezes eles são tão maus que fazem as pessoas sofrerem muito. É na escola que muitas crianças colocam apelidos em seus coleguinhas. Se você parar para pensar, vai lembrar de muitos apelidos que seus amiguinhos ou até você mesmo já receberam.

Alguns deles, os mais usados são: palito, elefante, espingarda, baleia, dumbo, olívia palito e tantos outros que não caberiam aqui. Siga o conselho de Jesus e faça aos outros somente aquilo que você quer que eles façam a você. Se você não gosta que lhe coloquem apelidos, não coloque nos outros. Se algum coleguinha seu está sofrendo por causa de um apelido que lhe deram, defenda-o e o console para que ele fique feliz.

Se todos deixarem de praticar este tipo de bullying, não apelidando seus amiguinhos, irmãozinhos ou qualquer outra pessoa com apelidos que as deixam tristes, tanto você como eles vão se sentir muito mais seguros e felizes!

 

Tia Ane

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8 Comentários

  1. Atitudes assim deixam marcas eternas! Vamos ensinar as crianças a não participarem dessa maldade. E isso serve pra gente q eh grande tbm!

    3 de abril de 2012 @ 13:44
    • VOCÊ ESTÁ CORRETÍSSIMO EDUARDO! QUEM JÁ NÃO SOFREU BULLYING ALGUMA VEZ NA VIDA? VAMOS ENSINAR NOSSOS PEQUENINOS A NÃO PRATICAREM E TAMBÉM SE DEFEDENREM DESTAS BRINCADEIRAS DE MAU GOSTO.

      3 de abril de 2012 @ 15:25
      • Emanuelle Sales Emanuelle Sales

        Eu sofriiiiii! Me chamavam de espingarda! Cheguei a ficar tomando remédio pra engordar na adolescência. Pessoas mássss! rs

        3 de abril de 2012 @ 15:45
  2. Eu sofri um bocado na minha infância,era muito magra e minhas irmãs e amigas sempre tiveram um belíssimo corpo.Eu era chamada de caveira e girafa e entre outros apelidos maldosos.Tinha dia que ñ queria ir a escola pq sabia que la as coisas ficavam piores.Então foi que descobri o truque da calça,como em São Paulo fazia muito frio e eu estudava de manhã ficou facil parecer mais gordinha com umas 3 calças.O duro foi que isso tornou frequente e eu ñ conseguia mais ir a lugar algum sem colocar as minhas muitas calças,ñ usava mais shortes nem saia somente calça.Fiquei dos 12 anos até os 18 fazendo isso. Tinha dias que eu chorava muito pedindo pra Deus que aquilo acabasse pq eu ñ aguentava mais.Conheci meu marido nesta época, ele era adventista então começamos a namorar e foi então que Deus me libertou deste pesadelo me batizei e comecei a usar saias longas até o pé,tinha gente que fazia piada comigo,perguntando se eu tinha pernas mecânicas ou queimaduras nas pernas pois nunca as mostrava,tudo por trauma de infância.Hoje tenho 32 anos e 2 lindos filhos,mas oro para que eles nunca passem por isso.Hoje sou “normal”

    3 de abril de 2012 @ 17:17
    • Emanuelle Sales Emanuelle Sales

      Wilma, sua história serve de modelo para todos!
      Mostra o trauma q os apelidos maldosos causam, e tbm o outro lado, a justiça q pode acabar acontecendo.
      Não devemos nunca humilhar as pessoas, e sim fazê-las ter alegria de viver e motivação!
      Bju, querida!

      3 de abril de 2012 @ 17:20
    • Oi Wilma! Meu pai sempre dizia que menininhas magras tornam-se belas moças, enquanto que menininhas mais cheinhas provavelmente serão gordinhas ao crescerem. Infelizmente as pessoas sempre acham um defeitinho nosso para nos massacrar. Eu tinhamuito trauma dos meus pés. Achava-os grandes demais e até cheguei a usar sapatos menores para se parecerem menores. Sofri muito por causa disto, mas me libertei deste sofrimento com um comentário feito por uma amiga de minha mãe que mesmo sem saber do meu trauma disse numa conversa que mulheres poderosas tem pés grandes e citou alguns exemplos de mulheres da época. Se você souber preparar seus filhos para lidarem com estas situações, provavelmente nunca se abalarão com isto.
      Beijo grande e obrigada por compartilhar conosco de sua experiência!

      3 de abril de 2012 @ 19:09
  3. Como sempre, amei a reflexão! Também me lembro de alguns apelidos maldosos de minha infância, realmente temos que conscientizar nossas crianças sobre o poder da palavra.
    Um grande abraço!

    3 de abril de 2012 @ 22:52
    • Como eu disse, Irany, quem já não sofreu bullying alguma vez na vida?
      O importante que muitos superam e continuam a tocar suas vidas!

      Beijinhos

      4 de abril de 2012 @ 8:06

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