Um bebê de presente (parte 1)

Há muitos anos, numa cidadezinha muito longe daqui, existia um belo e educado rapaz chamado Elcana. Certo dia, ele conheceu uma linda moça que se chamava Ana, e os dois se apaixonaram. O amor entre eles era tão grande que resolveram se casar. Elcana era muito bondoso com Ana. Eles tinham um lar muito feliz. Apenas uma coisa deixava Ana triste, ela não conseguia engravidar! Os dias se passavam e ela ia ficando cada vez mais deprimida. Queria muito um bebezinho! Seu marido Elcana dizia:
— Não fique triste, Ana. Eu não sou melhor do que 10 filhos?

Ana sabia que seu marido a amava demais, mas ela queria muito ser mamãe. Quando ela via outras mulheres com seus filhos, sentia muita tristeza. “Por que eu não consigo ter um filhinho?”, perguntava o tempo todo. Anualmente, ela e seu marido iam até o templo que ficava bem longe de onde moravam. E certa vez, enquanto estava no templo, Ana ficou quietinha num cantinho orando para Deus, contando da sua tristeza em não ter um filhinho. Ela orava bem baixinho, mexendo os lábios e chorando. Dizia para Deus que se Ele lhe desse um bebezinho, quando ele crescesse ela o traria ao templo para trabalhar para Ele.

Quando o sacerdote Eli viu Ana ali, ficou muito bravo. Sabem por quê? Ele pensou que ela estava bêbada.
— Como você pode fazer isso? — perguntou o sacerdote Eli — Não tem vergonha de entrar bêbada na casa de Deus?

Ana olhou assustada para o sacerdote e respondeu:
— Não estou bêbada, sacerdote! Estou orando a Deus e fazendo um pedido para Ele. Não tenho filhos, e isso me deixa muito triste. Meu maior sonho é ser mamãe.

O sacerdote Eli ficou sem graça e olhando com carinho para Ana disse:
— Vá em paz para casa, minha filha. Daqui 1 ano você terá seu bebezinho!

Ana começou a chorar novamente, mas agora de alegria! Saiu correndo do templo e foi se encontrar com seu marido Elcana para lhe contar a novidade. Elcana ficou muito feliz também e abraçou sua esposa com muito carinho. Depois de algum tempo, Ana ficou grávida. Ela e Elcana estavam muito felizes. Prepararam o enxovalzinho do bebê e montaram seu quartinho. Depois de 9 meses ele nasceu. Sabem que nome deram para ele? Isto mesmo: Samuel.

Ana cuidava muito bem de seu filhinho Samuel. A cada dia ele crescia mais, com saúde e muita inteligência. A mamãe Ana contava para ele as histórias da Bíblia, e principalmente como ele era uma criança especial. Contava também da promessa que ela havia feito a Deus de que ele seria dedicado para trabalhar pra Ele. Ana e Elcana aproveitavam cada minutinho com seu filhinho Samuel, pois logo chegaria o dia de levá-lo ao templo. O que será que aconteceria com ele? Vamos descobrir na próxima semana!

O QUE APRENDI COM ESTA HISTÓRIA?

• Que os casais devem se amar mesmo quando não têm tudo o que querem.
• Que Deus sabe tudo o que sentimos.
• Que não devemos julgar as pessoas, como o sacerdote Eli fez com Ana.
• Que Deus pode demorar, mas Ele responde as nossas orações e realiza nossos sonhos se for para o nosso bem.
• Que quando prometemos alguma coisa a Deus devemos cumprir.

Adivinhem só. Sou José!

Vocês se lembram da história do menino José? Isso mesmo, aquele que foi vendido pelos seus irmãos por causa do ciúme e inveja que tinham dele. Pois bem, José foi levado pelos homens que o compraram para o Egito, e lá foi vendido como escravo. Mas, mesmo como escravo, ele sempre dava o seu melhor. Todos gostavam dele. Mas certa vez, inventaram uma mentira tão grande sobre ele que o seu patrão o mandou para a prisão. Lá na prisão, ele revelou o sonho de dois prisioneiros: o padeiro e o copeiro do rei Faraó, e tudo aconteceu igualzinho ele tinha falado. Depois de muito tempo, o rei teve um sonho que o deixou muito preocupado, e o copeiro se lembrou de José. Então o rei mandou buscá-lo na prisão. José revelou o sonho do rei, e o rei o achou tão inteligente que o fez governador do Egito.

José agora não era mais escravo. Ele estava muito feliz! Logo, se apaixonou por uma linda moça chamada Asenate, e o rei Faraó fez o casamento deles. Não demorou muito e Asenate ficou grávida de seu primeiro filhinho. José ficou muito contente, e ao olhar seu bebezinho disse:
— Seu nome será Manassés, porque Deus me fez esquecer de meu tempo de escravo e aliviou a saudade que tinha da casa do meu pai.

Manassés era um menininho muito forte e saudável, e como toda criança, gostava de correr e brincar. Logo, logo o papai José e a mamãe Asenate lhe disseram que ele teria um irmãozinho. Ele ficou radiante, e esperava com ansiedade pelo nascimento do bebezinho. Quando o bebê nasceu, José ficou ainda mais feliz por ser outro menininho. Olhando para ele, disse:
— Seu nome será Efraim, porque Deus me fez crescer nesta terra onde eu tanto sofri.

Efraim também era um garotinho forte e saudável! Logo estava aprontando arte com seu irmãozinho Manassés. Corriam por todo o palácio. Brincavam de esconde-esconde, de pega-pega e de todas as outras brincadeiras que as crianças do Egito eram acostumadas. O papai José gostava de brincar com eles, e o momento que os meninos mais esperavam era quando ele lhes contava histórias. Amavam ouvir sobre o seu bisavô Abraão e o seu vovô Jacó. José contava pra eles sobre as promessas que Deus tinha feito para seus antepassados de que seriam uma grande nação. Contava também de como foi parar ali no Egito e da saudade que tinha de sua família. E assim, eles aprendiam sobre a vida do papai José e, principalmente, sobre o amor e cuidado de Deus.

Os dias se passaram e uma fome muito grande veio sobre a terra. José era o responsável por vender o alimento que foi guardado para o tempo da fome. Muitas pessoas vinham todos os dias até o Egito para comprar alimento e não morrer de fome. Certo dia, sabe quem apareceu no palácio de José? Isto mesmo! Seus irmãos. José ficou muito emocionado ao vê-los. Ele não sentia mais raiva deles. Antes de revelas quem ele era, fez vários testes com seus irmãos para ver se ainda eram ciumentos e invejosos. Ficou feliz ao descobrir que eles haviam mudado. Ficou mais feliz ainda ao saber que seu pai Jacó ainda era vivo, e disse para seus irmãos que fossem buscá-lo e morassem bem pertinho dele, no Egito. Todos souberam que ele era o irmão vendido como escravo.

Tenho certeza de que Manassés e Efraim ficaram entusiasmados ao conhecerem aquele monte de tios que nunca tinham visto antes. Devem ter ficado espionando seu pai conversando com eles. “Será que temos um montão de primos também?” – devia ser a conversa deles – “Vamos conhecer o vovô Jacó”. Todos o tempo eles perguntavam:
— Papai, é hoje que nossos tios e o vovô Jacó chegam?
— Vai demorara um pouco, porque eles moram muito longe daqui! — José respondia.

Um dia, o papai saiu correndo em sua carruagem. Eles descobriram que o vovô e o resto da família estavam chegando. Pulavam de alegria! Foi uma festa enorme. Quanta gente que eles nunca tinham visto! Muitos primos, muitas primas, tios, tias, animais. Agora tinham uma família bem grande. Mas o tempo passou, e o vovô Jacó ficou bem velhinho. Todos sabiam que ele logo morreria. Certo dia, o papai José disse aos meninos:
— Filhos, vamos até a casa do vovô. Ele quer ver vocês e abençoá-los.

Eles acompanharam o papai e entraram bem quietinhos na casa do vovô. Ele estava deitado em sua cama, bem fraquinho. O papai os levou bem juntinho dele, que então cruzou os braços, colocando a mão direita na cabeça de Efraim, o caçulinha, e a mão esquerda na cabeça de Manassés, o mais velho. Orou a Deus, pedindo que Ele os abençoasse. José percebeu que seu pai tinha invertido as mãos e disse:
— Papai, o senhor trocou as mãos. Manassés é o primogênito, então a sua mão direita deve ser colocada na cabecinha dele.
—Eu sei, meu filho, mas Efraim será maior e mais forte que seu irmão. Ele terá mais descendentes que Manassés. Será um povo muito forte e numeroso.

Manassés e Efraim, não entenderam direito o que aquilo significava, mas ficaram pensativos. O vovô Jacó logo morreu. Todos ficaram muito tristes e choraram bastante. O tempo se passou, e tudo aconteceu do jeitinho que ele falou naquele dia especial. Aí é outra história…

O que aprendemos com esta história?

• Que Deus tem planos especiais para nossa vida.
• Que tudo o que passamos serve para nos preparar para algo melhor.
• Que Deus cuida daqueles que O amam

Na historinha anterior, conhecemos 2 irmãos gêmeos. Lembram como eles eram e o que gostavam de fazer? Apesar de serem gêmeos, os dois não se entendiam muito bem e viviam brigando, principalmente porque Jacó queria ser o primogênito. Eles discutiam tanto por isso e causavam tanta confusão que, certo dia, Jacó enganou seu pai, fingindo ser Esaú e recebeu a benção da primogenitura que era dele. Quando Esaú descobriu, ficou tão enfurecido que jurou matar seu irmão. Jacó teve de fugir! Essa é uma história muito interessante, mas hoje quero contar sobre os filhos desses dois irmãos. Afinal, os dois conheceram mulheres especiais, se casaram e tiveram muitos filhos. O fato de viveram longe um do outro foi triste, pois os priminhos não puderam se conhecer. Mas aquela promessa que Deus fez ao vovô Abraão de que teria uma grande descendência estava se cumprindo.

Esaú foi pai de 5 filhos. Sabe qual era o nome deles? Elifaz, Reuel, Jeús e Coré. Nomes diferentes, não é mesmo? Mas gosto de imaginar que eles eram bem amiguinhos, adoravam a aprontar arte e, como seu pai Esaú, aprenderam a caçar desde pequenininhos! Já Jacó queria uma família maior ainda! Teve 12 filhos e 1 filha. Você já imaginou ter tantos irmãos assim? Vamos conhecer o nome deles? Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José,  Benjamim e Dina, a princesinha do papai.

Voces pensam que era fácil ter tantos filhos assim? Devia ser divertido em alguns momentos, mas esses irmaos eram muito ciumentos. Jacó tinha um filho de que gostava mais. Isto não é bom! Os pais devem gostar de todos os filhos do mesmo jeito, mas Jacó amava mais seu filho José, por ele ser mais bondoso e obediente. Isso deixava seus irmãos muito furiosos! Logo cedo eles saiam para cuidar das ovelhas do pai Jacó, e José ficava em casa ajudando em outros serviços. Quando voltavam do campo, eles viam José brincando e se divertindo com seu pai e seu irmãozinho caçula, o Benjamim. Não gostavam daquilo.

Certo dia, o papai Jacó resolveu dar um presente para José. Mandou fazer para ele uma túnica toda colorida, como uma roupa de príncipe. José vestiu a túnica e se achou todo importante. Ficava desfilando com ela na frente dos seus irmãos. Eles ficavam com muita raiva e comentavam: “A gente se mata de trabalhar e não ganha nada, e José não faz nada e sempre é todo paparicado”. Outra vez, José se aproximou dos irmãos e disse que tinha sonhado algo muito interessante. Então contou:
— Escutem meu sonho! Eu sonhei que estava em um campo junto com vocês, amarrando os trigos. Quando, de repente, o meu amarrado de trigo ficou de pé, e os amarrados de trigo de vocês rodearam e se encurvaram diante do meu.

Seus irmãos ficaram revoltados e disseram:
— Quer dizer que você vai ser o nosso rei e vai mandar em nós?

Depois desse sonho, José teve outro sonho e correu novamente para contar aos seus irmãos ao seu pai:
— Tive outro sonho. Sonhei que o sol, a lua e 11 estrelas se ajoelhavam diante de mim.

Sabem o que aconteceu desta vez? Seu pai Jacó ficou aborrecido com ele e disse:
— O que quer dizer esse sonho que você teve? Por acaso a sua mãe, os seus irmãos e eu vamos nos ajoelhar diante de você?

Ninguém sabia, mas aqueles sonhos eram enviados por Deus, que queria mostrar o futuro a José, mas ninguém entendia nada! A cada dia que passava, o ciúme dos seus irmãos aumentava mais e mais, e José corria perigo por isso. Certo dia, o papai Jacó pediu que José fosse levar lanche e roupas limpas para seus irmãos que estavam um pouco longe dali, cuidando das ovelhas. José ficou muito feliz e saiu alegremente, achando que iria fazer uma bela surpresa a eles. Mas quando eles viram José se aproximando, combinaram algo maléfico para fazer.

Quando ele chegou, arrancaram a sua capa de príncipe e o jogaram dentro de um poço vazio. José gritava sem parar: “Me tirem daqui! Quero o meu pai! Quero voltar pra casa!”. Mas seus irmão nem ligavam para as gritarias de José. Depois de algumas horas, viram uns mercadores indo para o Egito, e rapidamente tiveram um ideia muito pior:
— Vamos vender José como escravo, e assim nos livrar dele para sempre!

Que terrível atitude… vender o próprio irmão! Eles realmente tinham muita raiva de José, que gritava pedindo misericórdia, mas nada fez com que mudassem de ideia. Depois que José foi  levado pelos mercadores, seus irmãos ficaram apavorados, pensando como iriam contar ao pai Jacó. Depois de muito brigarem e discutirem resolveram:
— Vamos matar uma ovelha, manchar a túnica de José no sangue e, quando chegarmos em casa, diremos que a encontramos na estrada estraçalhada e suja de sangue. Ele vai acreditar que seu filhinho querido foi morto por algum animal feroz, e assim nos livraremos de uma vez por todas desse metidinho.

E assim fizeram. Mas eles não se sentiram felizes depois disso, pois seu pai ficou numa tristeza profunda, que nada nem ninguém conseguia consolá-lo! O que será que aconteceu com José? Bem… esta é uma história que em outro dia vamos conhecer.

O que aprendemos com esta história?

• Que os irmãos devem ser unidos.
• Que os irmãos não devem ter ciúmes um do outro.
•  Que o ciúmes só traz pensamentos maus.
• Que os pais devem amar seus filhos do mesmo modo.
• Que mesmo quando tudo parece estar dando errado, Deus tem planos que a gente não conhece.

A briga dos gêmeos!

Vamos conhecer mais crianças da Bíblia? Já conhecemos Isaque e Ismael, e hoje vamos conhecer mais duas crianças muito especiais. Quando Isaque cresceu, se casou com uma linda moça chamada Rebeca. Mas ficaram tristes quando descobriram que ela não podia ter filhos, pois queriam muito ser pais. Por isso, todos os dias eles oravam a Deus pedindo que lhes desse um bebê. Deus respondeu a oração deles, Rebeca ficou grávida… e de gêmeos! Isso não é maravilhoso?! Foi uma alegria imensa naquela casa. A barriga dela crescia a cada dia, e o papai Isaque cuidava muito bem dela para que nada de mal a acontecesse. Os bebês eram fortinhos e adoravam chutar a barriga da mamãe. Viviam se empurrando, mais que o normal. Rebeca então perguntou para Deus: “Por que eles chutam e empurram minha barriga desta maneira?”. Sabem o que Deus então respondeu? “Isto está acontecendo porque eles serão pais de dois grandes povos, e um será mais forte que o outro”.

Rebeca não entendeu muito bem o que Deus queria dizer, mas com o tempo ela descobriria. Enfim chegou o grande dia! Os bebês estavam prontos para nascer. O papai Isaque chamou a parteira, que é uma mulher que ajuda bebês nascerem, e logo puderam ouvir o chorinho deles. O primeiro bebê era ruivo, e seu corpinho era bem cabeludinho. Quando o papai Isaque o viu, deu-lhe o nome de Esaú. Mas, agarrando forte o pezinho de Esaú pelo calcanhar, nasceu o segundo bebezinho. O papai Isaque lhe deu o nome de Jacó. Todos estavam muito felizes com o nascimento dos gêmeos. Era difícil cuidar de dois bebezinhos tão cheios de saúde. Eles queriam mamar toda hora. Precisavam que trocassem suas fraldinhas e que lhes dessem banhinho. A mamãe Rebeca precisa de bastante ajuda para cuidar dos seus filhinhos. Eles cresciam a cada dia, e logo aprenderam a andar. Não demorou muito já estavam correndo e brincando com outras crianças e com os animais do papai Isaque.

Logo aprendeu a cozinhar os pratos deliciosos que ela sabia fazer e se tornou um ótimo cozinheiro. Além de cozinhar muito bem, Jacó também adorava os animais e, por isso, cuidava com carinho do rebanho de seu pai Isaque. Pegava as ovelhinhas no colo, brincava com elas e as vigiava o tempo todo para que nada de mal lhes acontecesse. Os meninos cresceram. Esaú se tornou um valente caçador, enquanto Jacó cuidava do rebanho da família. Naquela época, o irmão mais velho era sempre o mais importante da família. E como Jacó e Esaú eram gêmeos, viviam brigando pelo direito de ser primogênito. Mas Esaú era o mais velho porque tinha nascido minutos antes de Jacó. Quando cresceram, se tornaram belos rapazes. Esaú virou um ótimo caçador, e Jacó continuou a cuidar das ovelhas de seu pai e a preparar deliciosos pratos.

Certo dia, ele preparou uma sopa de lentilha muito apetitosa. Esaú chegou das suas caçadas morrendo de fome e quando sentiu o cheiro delicioso, chegou pertinho de Jacó e disse:
— Maninho, me dá um prato dessa sopa! Está com um cheiro tão bom que está aumentando a minha fome.

Jacó, muito espertinho, aproveitou para fazer uma chantagem:
— Dou sim, mano Esaú, mas com uma condição: você me deixa ser o primogênito!

Que proposta indecente! Não acham? Esaú estava com tanta fome que acabou concordando.
— Está bem, mano Jacó, me dá um prato bem cheio que eu deixo você ser o primogênito!

Jacó sorriu satisfeito, encheu o prato de Esaú com sua sopa de lentilhas e deu para ele comer. Vocês não imaginam quanta confusão iria acontecer dali em diante! Mas esta é uma outra história…

O que aprendi com essa história?

• Que Deus sempre ouve nossas orações, assim como ouviu a de Isaque e Rebeca quando pediram por um filho.
• Que Ele fica feliz quando os irmãos se amam, mas se entristece quando um tem ciúmes do outro.
• Que os filhos devem aprender a trabalhar e ajudar seus pais.
• Que não devemos enganar ninguém para conseguirmos algo que queremos.
• Que devemos ser honestos com todos.
• Que devemos nos contentar com o que temos e com quem somos, e não ficar desejando o que é dos outros.

VAMOS CANTAR!

Vocês estão lembrados do menininho Isaque? A cada dia que passava, ele crescia mais e levava ao seu lar muita alegria! A mamãe Sara amava demais Isaque e o enchia de carinhos e mimos. O papai Abraão tinha muito orgulho dele, e todos os dias o ensinava a ser obediente a Deus. Contava para ele sobre a promessa que Deus tinha feito anos atrás, dizendo que eles seriam uma grande nação. Tenho certeza de que quando a noite estava estrelada, os dois se deitavam na grama verdinha e Abraão dizia para Isaque:
— Filho, você consegue contar as estrelas do céu?

E Isaque, com seu dedinho, começava a contar. E depois de tentar e tentar, dizia:
— Papai, não dá! Quanto mais eu conto, mais estrelas aparecem.

E então Abrão o abraçava e dizia:
— Deus pediu isto pra mim também.
— E o senhor conseguiu, papai? — perguntava Isaque com seus olhinhos brilhantes.
— Não, filho. Eu também me perdi na conta. Então Deus me disse que eu teria um filho, netos e bisnetos, e que minha descendência seria tão grande que ninguém conseguiria contar!

Isaque sorria e ficava tentando contar as estrelas novamente. Ele era muito obediente, e assim como seu pai, todos os dias ele conversava com Deus. Abraão e Sara tinham muito orgulho dele, principalmente por ser obediente e bondoso. Mas um dia, aconteceu uma coisa muito assustadora com o papai Abraão. Deus lhe fez um pedido que o deixou muito triste. Tão triste que ele chorava sem parar, mas tinha que chorar escondido para que ninguém visse. O que será que Deus havia pedido assim de tão sério? Abraão sempre fez tudo o que Ele pedia, e fazia com muita alegria. Mas aquilo realmente era terrível! Deus pediu para Abraão subir no monte Moriá, montar um altar e oferecer seu filho Isaque em sacrifício, ao invés de um cordeirinho, como sempre fazia. Aquilo era demais para Abraão! Como faria isto? Isaque era seu filho querido, e ele o amava muito. Mas mesmo triste, Abraão obedeceu a Deus.

Um dia, de madrugada, ele foi até a cama de Isaque e disse:
— Filho, acorda, vamos oferecer um sacrifício.

Isaque sempre ia com seu pai oferecer sacrifícios, e Deus e ele sabia que isto era muito importante. Então, levantou-se rapidinho, vestiu sua roupa e saiu com seu pai e alguns empregados. Ele olhava para Abraão e não entedia por que ele estava tão quieto e triste. Ficou intrigado porque viu que não estavam levando nenhum cordeirinho. Pensava: “Onde será que está o cordeiro? Será que papai se esqueceu?”
— Papai, nós estamos levando o facão e a lenha para colocar no altar, mas onde está o cordeirinho?
— Deus proverá, meu filho. Deus proverá — respondia bem triste.

“Será que papai vai comprar algum cordeiro?”, pensava intrigado. “Por que será que ele não está levando um do nosso rebanho desta vez?”. Então, insistiu em descobrir:
— Papai, nunca saímos para um sacrifício sem levar um cordeirinho. Aonde vamos encontrar um para oferecermos desta vez
— Deus proverá, filho. Não se preocupe.

Eles andaram, andaram e andaram. Depois de caminharem bastante, chegaram ao lugar onde Abraão ofereceria o sacrifício. Isaque ajudou seu pai a construir o altar, carregando pedras e colocando-as uma sobre a outra. Depois, colocou a lenha que trouxeram em cima do altar, mas não viu nenhum cordeirinho. Novamente perguntou:
— Papai, o altar está pronto, a lenha está em cima, o facão está aqui, mas onde está o cordeirinho?

Neste momento, Abraão com os olhos cheios de lágrimas olhou para seu filho querido e disse:
— Filho, Deus me pediu para você ser o cordeiro desta vez…

Isaque olhou para o pai e entendeu o motivo pelo qual ele estava tão triste. Ele era um menino forte e sabia correr rápido como uma flecha. Poderia fugir rapidinho dali, mas era muito obediente a seu pai e a Deus. Não teve medo.
— Papai, se Deus lhe pediu para fazer isso, não tenho medo. Ele sabe o que está pedindo. Pode me oferecer em sacrifício.

Abraão o colocou no altar, abraçou seu querido filho pela última vez, disse que o amava demais, fechou os olhos e levantou o facão. Mas, quando ia descer o facão, um anjo segurou bem forte a sua mão e disse:
— Chega, Abraão! Não faça nada com Isaque. Você provou que é fiel e que ama a Deus mais do que a qualquer outra coisa.

Abraão soltou a faca no chão, abraçou Isaque ainda mais forte, e agora chorava de alegria. Nesse momento, ouviram um ruído no meio do mato. Viram que era um cordeiro, e o ofereceram em sacrifício a Deus. Deus queria que Abraão entendesse que um dia, muitos anos depois daquele dia, Ele também ofereceria seu filho Jesus em sacrifício para morrer no lugar do cordeirinho, no lugar de Isaque, no lugar de Abraão e de todos nós.

Que menino obediente era Isaque! Quantos teriam a mesma coragem que ele teve?

O QUE APRENDI NESTA HISTÓRIA?

Abraão e Isaque compreenderam que deviam amar a Deus mais do que a qualquer outra coisa, que era muito importante ser obediente e acreditar que Deus nunca deseja o nosso mal e não quer sacrifício de pessoas.

• Que devo ser obediente a Deus e aos meus pais.
• Que devo confiar em Deus.
• Que por mais estranho que pareça aquilo que Deus me pede, devo obedecer e acreditar.
• Que Deus nunca quis sacrifício de pessoas.
• Que Jesus é o verdadeiro Cordeiro e morreu no meu lugar.

VAMOS CANTAR?

Ser filho único é ser o centro das atenções. Ismael sabia bem disso, ainda mais por ter 2 mães e 1 pai, lembra? Era mimado e muito querido. Quando uma de suas mães, Sara, já bem velha engravidou do seu primeiro filho de sangue, ele tremeu na base. Como ficaria depois que o bebê nascesse? Veja o que aconteceu…

Ismael crescia a cada dia. Era um menino esperto e cheio de saúde. Certo dia, três homens chegaram para visitar seu pai. Eles pareciam ser bem importantes. Seu pai, Abraão, pediu aos empregados que preparassem um almoço especial e ficou embaixo de uma árvore bem grande conversando com os visitantes. Em certo momento, um dos visitantes disse a Abraão que dentro de 1 ano Sara teria um bebê. Ismael ficou pensativo. “Não serei mais filho único?”, pensou. Olharam para Sara e perceberam que ela ria. “Por que será que ela está dando risada?”, indagaram.

Os visitantes se foram. Os dias se passaram. Então, numa manhã, Ismael acordou com seu pai pulando, sorrindo e gritando bem alto: “Sara está grávida! Sara está grávida!”. Todos ficaram felizes com a notícia, mas Ismael nem tanto. Ele ficou preocupado, pensando se seu pai ainda lhe daria a atenção que ele tinha. Lá dentro do seu coraçãozinho estava nascendo a sementinha do ciúme.

Os meses se passaram. Sara e Abraão esperavam com ansiedade pelo nascimento do bebezinho. Como ele seria? Com quem se pareceria? Sara preparou o quartinho, o enxoval e depois de 9 meses o bebê nasceu! Ele era lindo, gordinho, saudável e bem fortinho. Seu choro podia ser escutado longe. Todos estavam muito felizes! A mamãe Sara disse: “Seu nome vai ser Isaque, que significa riso”. E assim ficou. Todos estavam muito contentes com o nascimento de Isaque, menos Ismael. No começo, ele até que ficou empolgado em ter um irmãozinho, mas depois o ciúme tomou conta de si, aí começou a ter raiva por não ser mais o centro das atenções de seu pai Abraão.

Isaque foi crescendo, e Ismael cada dia mais enciumado, então adorava brincar de irritar seu irmãozinho. Isaque não entendia por que seu irmão mais velho fazia aquelas coisas e, como toda criança, chorava e corria contar para sua mãe o que ele tinha feito. Sara não gostava daquelas atitudes de Ismael. Chamava sua atenção, contava para Abraão, mas não adiantava. Logo Ismael provocava novamente Isaque.

A cada dia, a situação ficava pior. Então, Abrão teve de tomar uma atitude muito triste. Ele chamou Hagar, mãe de Ismael e disse:
— Hagar, você terá de ir embora da nossa casa e levar Ismael com você.

Vocês podem não entender por que Abraão fez isso. Nem eu entendia. Foi muito triste. Abrão chorou, Hagar chorou, Ismael chorou. Se Abraão tivesse confiado mais nas promessas de Deus, nada disso teria acontecido. Ismael sabia que se tivesse sido bonzinho com seu irmão, talvez aquilo não teria acontecido. Hagar também sabia que se tivesse educado melhor seu filho, ensinando-o a amar e respeitar a todos, não precisariam deixar aquele lugar seguro e confortável. Mas agora era tarde demais. Tinham feito muita confusão.

Hagar pensou em voltar para o Egito, pois sua família morava lá, mas acabou se perdendo no deserto com seu filho. Eles estavam muito tristes e achavam que morreriam lá, mas Papai do Céu cuida de todas as crianças e de suas mamães. Então ele mandou um anjo mostrar um poço com água limpinha para Hagar. Eles resolveram morar ali no deserto. Não demorou muito e Ismael aprendeu a usar arco e flecha e se tornou o melhor flecheiro do deserto. Quando cresceu se casou com uma linda moça do Egito, teve muitos filhos e se tornou pai de uma grande nação. Isaque também se tornou um lindo rapaz! Ele também se casou com uma bela moça chamada Rebeca.

O QUE APRENDEMOS COM ESTA HISTÓRIA?

• Deus pode nos ver em todos os lugares e nunca nos deixa sozinhos.
• Ele cuida das crianças, mesmo que elas façam coisas erradas.
• Ele nos protege e nos livra de perigos.
• Ele pode transformar algo mau em alguma coisa boa.
• Ele sempre cumpre suas promessas. Devemos confiar e esperar.
• Devemos tratar bem nossos irmãos. Ciúme e inveja não valem a pena.

Há muito tempo, muito, mas muito longe daqui, num país chamado Canaã, existia um homem chamado Abraão. Ele era casado com uma linda mulher chamada Sara. Os dois eram super ricos e moravam numa tenda, mas não numa tenda qualquer. Ela era grande, cheia de tapetes e muito luxuosa. Porém, eles tinham uma grande tristeza no coração. Sabem por quê? Isto mesmo. Eles não tinham filhos. Um dia Deus pediu para Abraão contar as estrelinhas do céu. Ele começou contar: “Um, dois, três… cem…”, mas se perdia na contagem o tempo todo, pois quanto mais ele contava, mais estrelas apareciam. Então, Deus falou:
— Você consegue contar as estrelas do céu, Abraão? Eu te darei uma descendência maior do que as estrelas que você conseguiu contar!

Abraão ficou muito feliz! Mas os anos se passavam, e Sara, sua esposa, não ficava grávida. Então, ela teve uma ideia! Chamou seu esposo e disse: “Quero que você tenha um filho com a minha serva Hagar!”. Naquele tempo era costume um casal que não tinha filhos pedir que uma empregada da família tivesse filhos para eles, como se fossem deles. Apesar de Abraão não querer fazer aquilo, acabou atendendo ao pedido de sua esposa. Não demorou muito tempo, nasceu um lindo bebê a quem Abrão deu o nome de Ismael. Ele foi criado com muito amor, e Sara o amava como se ele tivesse nascido de sua barriga. Era um garotinho forte e saudável. Logo estava andando, e rapidinho aprendeu a correr pelos campos, brincando com as ovelhinhas, cabritinhos e bezerrinhos do papai.

Era uma garotinho esperto e peralta, como toda criança, e cada dia que passava crescia mais. Era muito amado pela mamãe Hagar, pela mamãe Sara e pelo papai Abraão. Mas Papai do Céu não estava satisfeito com aquela atitude de Abrão e Sara. Eles demonstraram que não tinham muita fé de que teriam um filho deles mesmos! Não era desta maneira que Deus havia planejado. O que será que aconteceria? Fique atendo à continuação desta historinha na próxima semana.

O QUE APRENDI COM A HISTÓRIA?

• Que Deus sempre tem planos para minha vida.
• Que preciso confiar que Ele fará o melhor.
• Que não devo resolver as coisas sem pedir conselhos de Deus.
• Que as vezes temos que esperar para a nossa oração ser atendida.

Quem aqui conhece um jumentinho? Eles sao parecidos com o cavalo, mas menores. Os jumentinhos são animaizinhos muito fortes e mansinhos. Algumas vezes, eles são teimosos e birrentos, e quando não querem caminhar, param onde estão e nada os faz obedecer seus donos. Quando estão trabalhando, conseguem levar cargas muito pesadas e não reclamam. Hoje eu vou contar a história de um jumentinho muito bonzinho. Ele não era teimoso, nem birrento. Era forte, corajoso e prestativo. Ele ainda não sabia, mas tinha uma missão muito importante. Vocês querem saber qual era?

O jumentinho ainda era filhote e estava sempre pertinho de sua mamãe. Passavam o dia todo pastando. Suas perninhas estavam bem fortes, então adorava correr e dar pinotes. Isto fazia com que crescesce ainda mais saudável e esperto. Certo dia, ele e sua mamãe pastavam, e ele viu dois homens estranhos se aproximando. Ficou um pouco assustado, mas aqueles homens fizeram carinho em seu pelo e falaram com voz tranquila com ele. Colocaram uma corda em seu pescoço e o chamaram para que seguisse a eles. A mamãe jumenta ficou assustada! Pensou: “Onde vão levar meu filhote? Será que são ladrões?“.

O dono do jumentinho viu o que estava acontecendo e veio correndo:
— O que está acontecendo? Onde vão levar meu bichinho?
— Não se preocupe. Não estamos roubando seu jumentinho. Jesus precisa dele, e logo o traremos de volta! Vamos levar a mamãe dele junto para que não fique assustado.

O homem, então, deixou que os levassem. Quando ele viu Jesus, ficou feliz e tranquilo, porque sentia que Ele amava os animais e não faria nada de mal a ele. Os amigos de Jesus, então, forraram o jumentinho com uma capa, e Jesus montou no jumentinho. Todos estranharam essa atitude, pois sabiam que não ser fácil montar um jumentinho pela primeira vez. Geralmente eles dão coices, pinotes e acabam jogando no chão quem tenta subir em suas costas. Mas dessa vez foi diferente. O bichinho não ficou nem um pouco nervoso e deixou Jesus montá-lo sem tentar jogá-lo no chão! Aí se aprumou, erguem a cabecinha e, todo orgulhoso, começou a trotar, seguindo a direção que Jesus indicava. Logo ele viu muita gente. Uma multidão ia ao encontro deles, mas ele não se assustou, continuou trotando e sentindo que algo muito especial acontecia. Entendeu que aquelas pessoas estavam ali para homenagear Jesus.

As crianças abanavam folhas de palmeira e cantavam uma música muito linda para Jesus: “Hosana , ao Filho de Davi”. Os adultos estendiam suas roupas no chão, formando um tapete para Jesus passar. Todos cantavam alegremente e caminhavam ao lado de dEle e do jumentinho. Entraram na cidade de Jerusalém, e muitas pessoas pararam para assistir. Depois daquele lindo desfile, onde Jesus foi aclamado Rei, o jumentinho e sua mamãe foram devolvidos ao seu dono. Que dia especial viveram!

Não sei se o jumentinho entendeu o que havia acontecido ou se guardou em sua memória as coisas que fez naquele dia, mas de uma coisa tenho certeza: ele ficou para sempre na história, pois fez algo muito, mas muito especial! Os reis daquela época desfilavam em belissimos cavalos enfeitados de ouro e vestidos com capas caras, mas Jesus escolheu a simplicidade de um jumentinho. Ele quer ser o Rei de sua vida e da vida de seus amiguinhos, e precisa de sua ajuda para que todos O conheçam. O jumentinho ajudou a Jesus, e você gostaria de ajudá-lo também?

Que tal dramatizarmos a história de hoje? Recorte pedaços e EVA coloridos para simbolizar as capas e túnicas que as pessoas usaram para forrar o chão por onde Jesus passou montado no jumentinho. Use folhas de palmeira de verdade ou faça estas com EVA verde para cantar “Hosana ao Filho de Davi!”. Use material reciclável e monte este jumentinho com garrafa PET. Para fazer o cavalinho você precisará dos seguintes materiais:

• Uma garrafa pet;
• Um cabo velho de vassoura;
• E.V.A ou feltro para fazer os olhos, nariz e orelhas;
• Lã;
• Cola quente;

PASSO 1
Desenhe as orelhas, olhos e demais acessórios no E.V.A ou feltro, e deixe a criança recortar.

PASSO 2
Passe a cola quente e permita que a criança cole as partes.

PASSO 3
Recorte fios de lã para formar a crina.

PRONTO!

Veja mais AQUI.

APLICAÇÃO

O que aprendi com esta história:

•  Jesus ama os animais.
• Jesus precisa da minha ajuda para falar de Seu amor aos outros.
• Jesus ama a simplicidade e não é orgulhoso.
• As crianças sabem louvar com alegria.
• Jesus é o nosso Rei e quer reinar em meu coração.
• Devo estar sempre pronto a ajudar Jesus e fazer a sua vontade.

Naquela manhã, os camelos estavam agitados. Pareciam entender que fariam uma grande viagem, e que desta vez a missão seria muito importante! Os empregados colocavam várias bagagens em suas costas. Eram pesadas, mas os camelos eram fortes e não reclamavam. Enquanto as coisas eram ajeitadas, eles ficavam sentados, pois eram muito altos. Se ficassem em pé, com certeza os empregados não conseguiriam fazer o trabalho. Eliezer, o chefe, ordenou que dessem muita água para os 10 camelos. Os empregados encheram os reservatórios com água limpa e fresquinha, e todos eles beberam à vontade. Depois de tudo pronto e arrumado, Eliezer se despediu de seu patrão e montou em seu camelo. Os empregados que iriam com ele também montaram, cada um em seu camelo, e ainda cuidavam dos outros camelos que levavam as bagagens. Então, começaram a viagem tão importante. O que será que vai acontecer?

Os camelos caminhavam apressadamente, mas perceberam que Eliezer estava bem quieto e pensativo. “O que será que está acontecendo?”, pensavam os animais. Antes de sair, o patrão Abraão conversou por muito tempo com Eliezer e lhe entregou vários pacotes com presentes caríssimos e valiosos. Para quem seriam? O filho do patrão, um lindo rapaz chamado Isaque, também estava sério e pensativo. Na hora que partiram, ele havia feito um carinho especial em cada um dos camelos e também dado um forte abraço em Eliezer. Realmente algo muito importante acontecia. Eliezer abaixou a cabeça, e todos perceberam que ele estava orando. Que estranho… Por que ele estaria orando em cima de um camelo? Ao terminar sua prece, ele deu um comando para que os camelos andassem mais depressa:
— Vamos, camelinhos, nossa missão é muito importante e dependo de vocês para cumpri-la!  Andem com vontade e enfrentem este deserto abrasador.

Logo, entraram no deserto. Mas os camelos não tinham medo do deserto, pois estavam acostumados com areia e calor. Muito calor! Dentro de suas corcovas, havia mais de 200 litros de água, por isso não passariam sede. Andaram o dia todo, descansaram à noite e continuaram andando no outro e no outro dia… Sem desanimar! Depois de uma longa e cansativa viagem, enfim chegaram ao destino. Era uma cidade grande e muito movimentada onde moravam os parentes de Abraão, o patrão de Eliezer. Fora da cidade havia uma fonte de água limpa e fresca, e Eliezer parou pertinho dela. Os camelos se deitaram para que os viajantes pudessem descer. Os empregados foram direto ao poço para tirar água para os camelos, mas Eliezer disse:
— Não deem água para nenhum camelo! Tirem somente para vocês.

Que estranho! “Por que não podemos dar água aos camelos? Eles estão sedentos!”, pensaram eles e comentavam entre si. Os camelos também resmungaram, pois sentiam o cheiro da água e não entendiam por que Eliezer não queria que dessem de beber a eles. O calor estava insuportável! De repente, uma linda moça chegou no poço para tirar água. Ela tinha vários cântaros, que são vasos de barro, e começou a enchê-los. Naquele tempo, não havia água saindo de torneiras, como temos hoje. As pessoas tinham que pegá-la em poços e minas de água, e muitas vezes caminhavam bastante para conseguir.

Quando Eliezer viu aquela moça, abaixou a cabeça e orou novamente. Todos os camelos e empregados observavam. Eles acharam aquilo tudo muito estranho! A moça encheu seus vasos e foi embora. Logo, outra moça chegou e fez a mesma coisa. E mais outra moça, e outra e outra… Todas chegavam, enchiam os vasos e iam embora. Os camelos estavam morrendo de sede, e os empregados impacientes querendo dar de beber a eles, porém Eliezer não deixava. Ele continuava fazendo oração cada vez que uma moça se aproximava.

De repente, outra jovem se aproximou. Parou junto ao poço, olhou os camelos e percebeu que estavam com muita sede. Ela amava os animais, e não gostou de vê-los sofrendo. Então, encheu os vasos com a água do poço e foi dando de beber a cada um dos 10 camelos! Imaginem, crianças, se cada camelo bebe duzentos litros de água, quanta água a moça teve de tirar do poço? Quem falou 2 mil litros acertou! Não sabemos como ela fez, mas todos os camelos beberam água à vontade, e depois ela ainda tirou água para Eliezer e seus companheiros. Agora sim os camelos estavam satisfeitos para tirar uma soneca.Eliezer olhou para a linda moça e perguntou:
— Como é seu nome, linda jovem?
— Meu nome é Rebeca!
— Que lindo nome. E seu pai, como se chama?
— Sou filha de Betuel.
— Que coincidência! Betuel é sobrinho do meu patrão Abraão.  Estou muito feliz por encontrá-la! Estava atrás da família do meu senhor.
— Então, o senhor está convidado para ir à minha casa. Meus pais ficarão felizes em conhecê-lo.

Eliezer novamente fechou os olhos. Por que será que ele fazia tantas orações? Ele, os empregados e todos os camelos acompanharam a moça até sua casa. Foi uma festa! Betuel e sua família ficaram muito felizes em recebê-los, fizeram um grande jantar de boas vindas e arrumaram acomodações para todos descansarem. Depois de todos acomodados, Eliezer chamou Betuel e o filho dele, Labão, e disse que precisava muito conversar com eles. Então, se reuniram e perceberam que o assunto era sério:
— Vim até aqui numa grande e importante missão. O filho do meu patrão, o jovem Isaque, ficou orfao de mãe a pouco tempo e anda muito triste. Como já tem idade para se casar, meu patrão me pediu para vir até aqui e encontrar uma esposa para Isaque. Antes de eu sair, ele me fez jurar que eu escolheria uma boa moça, que fosse do meio dos seus parentes. Orei durante toda a viagem para que Deus me mostrasse a pessoa certa. Pedi a Deus que me desse um sinal. O sinal seria que a moça que se aproximasse do poço da entrada da cidade e desse água para mim e para os camelos seria a escolhida.  E sua filha Rebeca foi a única que fez este trabalho. Tenho certeza de que Deus a escolheu!

Betuel e seu filho Labão escutaram tudo atentamente e depois disseram:
— Vamos conversar com Rebeca e, se ela concordar com o casamento, nós aceitaremos o seu pedido.

Sabem o que Rebeca respondeu, quando lhe perguntaram? Ela disse: “Sim, quero ir”. Ela tinha certeza de que tinha sido escolhida por Deus para ser a esposa de Isaque. Então, Eliezer pegou todos os presentes que trouxera e deu para ela e sua família, dizendo:
— Deus abençoou meu patrão Abraão é um homem muito rico! Ele mandou todos estes presentes para vocês como gratidão.

Foi uma correria muito grande! Rebeca e sua mãe tiveram apenas algumas horas para arrumar o enxoval e deixar as malas prontas para a grande viagem. Mesmo felizes, se sentiam tristes pela despedida. No dia seguinte, todos montaram nos camelos e começaram a longa viagem de volta a Canaã.  Quando lá chegaram, Rebeca viu um lindo rapaz andando pelo campo. Era Isaque. Ele estava ansioso por saber quem Eliezer traria para ser sua esposa. Quando viu os camelos se aproximando, seu coração disparou. “Será que ela é bonita? Será que é um a boa moça?”, pensava curioso.

Quando enfim os camelos pararam e Isaque viu Rebeca, se apaixonou imediatamente. Foi amor à primeira vista! Abraão fez uma linda festa de casamento. Isaque e Rebeca estavam muito apaixonados e felizes. Eliezer também por ter cumprido sua missão. Os camelos não entendiam o que havia acontecido, mas estavam tranquilos, pois sentiam que algo diferente estava no ar. Eles também cumpriram sua missão!

 APLICAÇÃO

O que você aprendeu com esta história?

• Que Deus tem planos muito bons para nós.
• Que devemos confiar em Deus.
• Que Deus ouve as nossas orações e quer nos ver felizes.
• Que quando pedimos ajuda de Deus, Ele sempre está pronto para nos amparar.