Junte as porções…

Você já parou pra pensar por que algumas pessoas são felizes e outras não? Posso garantir que alguns de vocês estão pensando ou mesmo dizendo em voz alta: “Eu sou feliz”. Outros, com o semblante vazio e triste, pensam em silêncio, como não querendo que ninguém ouça: “Felicidade? O que é isto?”. Muitos pensam que para ser feliz é necessário ter coisas, conquistar espaço, crescer profissionalmente, financeiramente, socialmente… Vivem, em vão, desperdiçando tempo, energia, saúde e recursos para achar a fonte desse sentimento. Só muito tarde, na maioria das vezes, descobrem que nada do que buscavam gera felicidade.

Um dos meus escritores preferidos é Max Lucado. Amo ler seus livros. Hoje, lendo um de seus trechos maravilhosos, descobri o que é a Felicidade! Será que achei a receita? Ele diz:

Suponha que, “atolado até o pescoço no pior dos dias”, você resolve dar uma chance a este dia. Você escolhe não beber, nem trabalhar, nem se preocupar, mas dar a ele uma oportunidade justa. Você confia mais. Se estressa menos. Aumenta sua gratidão. Silen­cia os resmungos. E o que acontece? Logo o dia acaba, e o mais surpreendente, de modo tranquilo. Tão tranquilo, na verdade, que você resolve dar a mesma chance ao dia seguinte. Ele chega com seus tropeços, torpedos de pombos, manchas na camisa, mas, em geral, caramba, dar uma chance ao dia funciona! Você faz a mesma coisa no dia seguinte. E no seguinte. E os dias viram uma semana. As semanas, meses. Os meses, anos de bons dias. 

É disso que são feitas as vidas felizes. Um bom dia de cada vez. Uma hora é muito pouco, um ano é demais. Os dias são porções perfeitas de vida, uma espécie de módulos de organização projetados por Deus. Oitenta e quatro mil batidas do coração. Mil quatrocentos e quarenta minutos. Uma rotação da Terra. Uma volta completa no relógio de sol. Vinte e quatro viradas da ampulheta. Um nascer e um pôr-do-sol. Um dia novinho em folha. A dádiva de vinte e quatro horas não vividas, inexploradas. E, se você puder acumular um bom dia após o outro, conse­guirá juntar os pedaços de uma boa vida.

Jesus disse isso uma vez: “Portanto, não andeis ansiosos pelo dia de amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”. A ansiedade pelo o que queremos e precisamos tira nossa paz. E sem paz não há felicidade. Você não fica contando as batidas do seu coração, mas ele está lá batendo e fazendo o seu trabalho em manter o corpo vivo. Você não sente a terra girando, mas ela não para nunca, e todos os dias podemos presenciar o nascer e o pôr-do-sol, ainda que não queiramos e não nos deleitemos nestes espetáculos.

A cada segundo, um dia após o outro, se forem vividos intensamente e sem preocupação com o que vai acontecer no instante seguinte, fará com que demos valor à vida, que busquemos a Deus e confiemos nEle cada vez mais. Então, mesmo que haja provas, que haja dor e sofrimento, teremos certeza de que tudo será passageiro, pois confiamos que nosso Pai estará conosco todos os dias. Aprenderemos a separar os pedaços ruins e tristes, e a juntar todas as porções de coisas boas que nos acontecem. Isto é felicidade!

FELIZ SÁBADO. FELIZ VIDA!