De volta à casa
Mais um post da série “Animais da Bíblia”
Os porquinhos estavam curiosos. Cheiravam e cheiravam, mexendo o nariz de cima pra baixo, de baixo pra cima. Tentavam reconhecer aquele moço sujo e maltrapilho que estava com eles dentro do chiqueiro. Sabiam quem era seu dono, mas quem era aquele que tinha invadido seu cantinho? Se pudessem falar, acho que teriam perguntado: “Quem é você?” ou “o que está fazendo aqui?”. Mas os dias se passaram e eles se acostumaram com o moço, que parecia um porquinho sujo igual eles. O que os porcos acharam mais estranho foi quando o viram comendo a comida deles. Começaram a grunhir e empurrá-lo. A comida já era pouca, e era só o que faltava terem de dividir com mais alguém que nem porco era!
Mas, afinal, quem era o moço sujo e maltrapilho que estava no chiqueiro junto com os porcos? Um dia, ele se sentiu tão desanimado e sozinho que se sentou na lama, junto dos porcos, e começou a contar sua história para eles. É claro que os porcos não entendiam nada, mas ficaram olhando curiosos:
“Sabem, porcos, eu era um rapaz muito rico. Morava com meus pais e meus irmãos numa fazenda gigante. Tinha de tudo: uma casa enorme, um quarto só meu, roupas elegantes, empregados para fazerem tudo o que eu pedia… Eu era muito amado, mas enjoei de viver ali e quis sair para conhecer o mundo. Pedi para meu pai que me desse a parte da minha herança, pois não aguentava mais ficar naquela fazenda! Ele ficou muito triste e implorou para que eu não fizesse isso, mas de nada adiantou. Eu queria ir embora de qualquer jeito e viver minha vida de um jeito diferente.
Meu pai, com lágrimas nos olhos, fez o que eu pedi, então me despedi de todos e fui embora cheio de dinheiro e louco de curiosidade para conhecer o mundo e fazer muitos novos amigos! Logo cheguei a uma cidade grande, e lá muitos quiseram ser meus amigos. Eu me diverti muito, mas hoje eu entendo que todos estavam apenas interessados no meu dinheiro, porque eu pagava as contas das farras que a gente fazia. Quando me dei conta, todo a grana acabou, e os amigos começaram a desaparecer. Procurei um deles que eu achava ser meu melhor amigo e pedi que me ajudasse. Sabem o que ele fez? Fingiu que nem me conhecia! Todos me deram as costas. Tive que sair da casa onde morava, vender minhas roupas, meus pertences e fiquei somente com a roupa do corpo.
Fiquei tão triste e desanimado que sai andando pela estrada sem rumo. Foi então que passei aqui na frente desta fazenda e tive a ideia de pedir um emprego, pois estava morrendo de fome. O dono de vocês falou que não tinha emprego, mas se eu quisesse poderia morar aqui no chiqueiro e comer o que dava para vocês comerem. Preferi isto a morrer de fome por aí. Estou muito cansado e com saudades da vida na casa do meu pai. Hoje amanheci pensando na minha família. Eles estão bem, têm tudo o que precisam… Até os empregados comem do bom e do melhor, e aqui estou eu morrendo de fome e no meio desta sujeira! Porquinhos, vocês são bons amigos, mas vou me levantar daqui e voltar para a casa do meu pai. Se ele não me quiser como filho, vou pedir que me deixe pelo menos um de seus empregados.”
Então, o moço se levantou, passou a mão na cabeça de cada porco, se despedindo deles, e foi embora. No caminho pensava: “Será que meu pai vai me querer de volta? Eu gastei todo o dinheiro e estou na miséria. Acho que ele não vai nem querer me ver. Mas vou tentar… Quem sabe eu consiga pelo menos ser um empregado da fazenda. Não me importo…”. E assim, depois de andar muitos e muitos dias, depois de virar a última curva da estrada, viu a casa do pai. Tinha alguém na varanda, olhando para a sua direção. Quem seria? Ele ficou com medo e vergonha, mas continuou andando. Ao chegar mais perto, viu que era seu pai.
Lá da varanda, seu pai reconheceu que aquele moço sujo e maltrapilho que vinha chegando era seu filho. Seu coração disparou de alegria! Todos os dias ficava ali olhando para o além, esperando que seu filho voltasse para casa. Saiu correndo ao seu encontro. Que saudades! Ao encontrá-lo, lhe deu um abraço muito apertado e quase não conseguia mais soltá-lo. O filho então disse:
— Pai, eu estou muito arrependido pelo o que eu fiz. Saí de casa, gastei tudo o que tinha e estou na miséria. Por favor, me deixe ser um empregado da fazenda?
O pai o abraçou novamente e, vendo que suas roupas estavam rasgadas, tirou a sua própria capa e cobriu o filho para que ninguém visse o estado em que ele se encontrava. Colocou o braço em seu ombro e foram juntos em direção à casa. Por onde passava, o pai gritava:
— Vejam, vejam! O meu filho voltou. Ele voltou!
Todos batiam palmas e se alegravam. O pai mandou preparar uma grande festa e todos comemoraram a sua volta.
O QUE APRENDI COM A HISTÓRIA?
- Que vale a pena ouvir os conselhos dos nossos pais.
- Que quando não obedecemos só nos damos mal.
- Que devemos ter cuidado com os amigos que escolhemos. Muitos podem nos levar para o mal caminho.
- Que nossa família nos ama muito e sempre está disposta a nos perdoar.
4 Comentários
Ai que gracinha! Eu iria amar fazer carinho nos porquinhos, mas comer a mesma comida já é demais. Essa história ilustra como nosso Pai do céu nos aceita em qualquer momento e situação, pois nos ama,
Ahhhh adorei!
Owwnnn!
gente, sabe o que aprendi?
aprendi que não sou dessa terra.
aprendi que aqui não é meu lugar.
aprendi que tenho que voltar para casa.
aprendi que o meu reino não é aqui.
aprendi que meu pai é um rei que espera.
e sabe o que mais?…
aprendi que ele vai voltar!
bjuss manu!
e um beijão pra sua mamy tbm!!!!!
Haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento”. O céu vai ser tao gostoso… nada nesse mundo vale a pena. Os lugares mais lindos e mais chiques desse mundo sao nada comparados com o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. FELIZ SABADO BONITAS 🙂